Sem combate não há vitória


Aparelha-te, pois, para o combate, se queres a vitória. Sem peleja não podes chegar à coroa da vitória. Se não queres sofrer, renuncia à coroa; mas, se desejas ser coroado, luta varonilmente e sofre com paciência. Sem trabalho não se consegue o descanso e sem combate não se alcança a vitória.

Fr. Tomás de Kempis in «Imitação de Cristo».

Sermão da Primeira Cruzada


Povo dos Francos, povo de além Alpes, povo – como reluz em muitas de vossas acções – eleito e amado por Deus, distinguido entre todas as nações pela posição do vosso país, pela observância da fé católica e pela honra que presta à Santa Igreja, a vós se dirige o nosso discurso e a nossa exortação.
Queremos que vós saibais do lúgubre motivo que nos conduziu até às vossas terras; da necessidade – para vós e para todos os fiéis – de conhecerem o motivo que nos impeliu até aqui.
Desde Jerusalém e desde Constantinopla chegou até nós, mais de uma vez, uma dolorosa notícia: os turcos, povo muito diverso do nosso, povo de facto afastado de Deus, estirpe de coração inconstante e cujo espírito não foi fiel ao Senhor, invadiu as terras daqueles cristãos, as devastou com o ferro, a rapina e o fogo.
Levou parte dos habitantes como prisioneiros até ao seu país, outra parte matou com infames estragos, e as igrejas de Deus, ou as destruiu até aos fundamentos, ou as entregou ao culto da religião deles.
Derrubam os altares após profaná-los imundamente, circuncidam os cristãos e espalham o sangue da circuncisão sobre os altares ou jogam-no nas pias baptismais; e àqueles que querem condenar a uma morte vergonhosa, perfuram o umbigo, arrancam os genitais, os amarram a um pau e, chicoteando-os, levam-nos pelas ruas, para que com as vísceras de fora, acabem caindo mortos prostrados por terra.
Outros se servem deles como alvo de flechas após amarrá-los a um pelourinho; a outros, após obrigá-los a dobrar a cabeça, atacam-nos com espadas e tentam decapitá-los de um só golpe.
O que dizer da violência nefanda praticada com as mulheres, sobre a qual é pior falar do que calar?
O reino dos gregos já foi atingido tão gravemente por eles e tão perturbado na sua vida diária, que não pode ser atravessado sequer numa viagem de dois meses.
A quem, pois, cabe o ónus de vingá-lo e de reconquistá-lo se não a vós a quem Deus, mais de que aos outros povos, concedeu a insigne glória das armas, grandeza de alma, agilidade de corpo, força para humilhar a fundo aqueles que a vós resistem?
Que a gesta dos vossos antepassados vos mova, que excite as vossas almas a actos dignos dela, a probidade e a grandeza do vosso rei Carlos Magno e de Luís, seu filho, e de outros soberanos vossos que destruíram o reino dos pagãos e até eles estenderam os confins da Igreja.
Sobretudo que vos incite o Santo Sepulcro do Senhor, nosso Salvador, que está nas mãos de gentes imundas, e os lugares santos, que agora estão por eles vergonhosamente possuídos e irreverentemente profanados com a sua imundície.
Ó soldados fortíssimos, filhos de pais invictos, não vos mostreis decadentes, mas lembrai-vos da coragem dos vossos predecessores; e se vos segura o doce afecto dos filhos, dos pais e das consortes, atentai para o que diz o Senhor no Evangelho: "Quem ama o pai ou a mãe mais que a Mim, não é digno de Mim. Todo aquele que deixar seu pai ou sua mãe, ou a mulher ou os filhos ou as terras por amor de Meu Nome receberá o cêntuplo nesta terra e terá a vida eterna".
Não vos detenha o pensamento de alguma propriedade, nenhuma preocupação pelas coisas domésticas, pois esta terra que vós habitais, circundada por todo lado pelo mar ou pelas montanhas, ficou estreita para a vossa multidão, não é exuberante de riquezas e apenas fornece do que viver a quem a cultiva.
Por isso vós vos ofendeis e vos hostilizais reciprocamente, vós vos fazeis guerra e com frequência vos matais entre vós mesmos.
Cessem, pois os ódios intestinos, apaguem-se os contenciosos, aplaquem-se as guerras e sossegue toda a discórdia e inimizade.
Empreendei o caminho do Santo Sepulcro, arrancai aquela terra àquele povo celerado e submetei-la a vós: ela foi dada por Deus em propriedade aos filhos de Israel [=cristãos]; como diz a Escritura, nela correm rios de leite e de mel.
Jerusalém é o centro do mundo, terra feraz por cima de qualquer outra quase como um paraíso de delícias; o Redentor do género humano a tornou ilustre com a Sua vinda, a honrou com a Sua passagem, a consagrou com a Sua Paixão, a redimiu com a Sua morte, e a tornou insigne com a Sua sepultura.
Exactamente esta cidade real posta no centro do mundo, agora é tida em sujeição pelos próprios inimigos e pelos infiéis, feita serva do rito pagão.
Ela eleva a sua lamentação e deseja ser libertada, e não cessa de implorar que vós andeis no seu socorro.
De vós mais do que qualquer outro povo ela exige ajuda, pois vos tem sido concedida por Deus, por sobre todas as estirpes, a glória das armas.
Empreendei, pois, este caminho em remissão dos vossos pecados, certos da imarcescível glória do reino dos Céus.
Ó irmãos amadíssimos, hoje em nós manifestou-se o que o Senhor diz no Evangelho: "Onde dois ou três estarão reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles".
Se o Senhor Deus não tivesse inspirado os vossos pensamentos, a vossa voz não teria sido unânime; e ainda que tenha ressoado com timbres diversos, foi única, entretanto a sua origem: foi Deus que a suscitou, foi Deus que a inspirou em vossos corações.
Seja, pois, esta vossa voz, o vosso grito de guerra, posto que ele vem de Deus.
Quando fores ao ataque dos bélicos inimigos, seja este o grito unânime de todos os soldados de Deus: "Deus o quer! Deus o quer!"
Nós não convidamos a empreender este caminho aos velhos ou àqueles que não são aptos para portar armas, nem às mulheres; que as mulheres não partam sem os seus maridos, ou sem irmãos, ou sem representantes legítimos: todos estes são mais um impedimento do que uma ajuda, mais um peso do que uma vantagem.
Que os ricos sustentem os pobres e levem a seu custo homens prestes para combater.
Aos sacerdotes e clérigos de qualquer ordem não seja lícito partir sem licença do seu bispo, porque esta viagem lhes seria inútil sem esse assentimento; e nem sequer aos leigos seja permitido partir sem a bênção do seu sacerdote.
Todo aquele que queira cumprir esta santa peregrinação e que faça promessa a Deus e a Ele se tenha consagrado como vítima viva, santa e aceitável, leve sobre o seu peito o sinal da Cruz do Senhor.
Aquele que, após ter cumprido o seu voto, queira retornar, dê meia-volta.
Cumprirão assim o preceito que o Senhor dá no Evangelho: "Quem não carrega sua cruz e não vem detrás de Mim, não é digno de Mim".

Beato Papa Urbano II, 27 de Novembro de 1095.

Monsenhor Lefebvre elogia Salazar e Portugal

Salazar beija a mão ao Cardeal Cerejeira

Depois de ter pronunciado o elogio de Salazar, homem «excepcional», «admirável», «profundamente cristão» – o orador [Mons. Marcel Lefebvre] acrescentou entre outras coisas: «O que Portugal fez, não há razão alguma para que nós o não possamos fazer também. Não há razão que impeça reconstruir a sociedade cristã, a família cristã, a escola cristã, a corporação cristã, a profissão cristã e o Estado cristão. Seria duvidar da nossa fé. Só os nossos sucessores tirarão proveito disto, talvez: pouco importa!»

Fonte: Ascendens.

As Cruzadas não foram agressivas, mas defensivas


O crítico das Cruzadas fala como se elas tivessem atacado uma tribo inofensiva ou um templo no interior do Tibete, que desconhecia antes de a invadir. Parecem esquecer que antes de os cruzados sonharem em ir a Jerusalém, os muçulmanos quase chegaram a Paris. Parecem esquecer que se os cruzados quase conquistaram a Palestina, isso apenas foi uma reacção aos muçulmanos que quase conquistaram a Europa.

G. K. Chesterton in «The New Jerusalem», 1920.

Os cristãos nasceram para o combate


É uma ilusão supor que a guerra é sempre um erro e que o mundo se poderá ver livre dela. Isto é falso. A guerra deve existir sempre; mas não a guerra exterior: a interna. Quando travamos guerra, contra o mal em nós, diminuem ao mesmo tempo as guerras exteriores. A razão por que vivemos num século de guerras exteriores é a de nos descurarmos no travar da batalha interior contra as forças que destroem a mente e a alma. Aquele que não descobrir o inimigo dentro de si, encontrá-lo-á, sem dúvida alguma, fora. O que se passar na mente, passar-se-á em seguida no mundo. Se a mente estiver no erro, então o mundo será uma loucura.

Mons. Fulton Sheen in «Aprendei a Amar».

Taqiyya: o engano sagrado islâmico


Atenção: Não é verdade quando Bill Warner refere que os europeus sempre deram igualdade de tratamento a não-europeus. Essa igualdade entre diferentes é uma invenção recente maçónico-liberal, que nunca se verificou na nossa Civilização católica e europeia. Nos nossos Reinos católicos, os estrangeiros e os adeptos das falsas religiões, estavam sujeitos à autoridade e às leis públicas gerais. Por exemplo, um muçulmano, ou um judeu, que vivesse em Portugal, estava proibido de exercer o seu culto religioso de forma pública, mas não de forma privada. Portanto, não se tratava todos de forma igual. Trava-se o diferente como diferente, e o igual como igual. Fazia-se justiça.

Ainda há heróis?


Quem conhece um mínimo de História, sabe que, durante milénios, tanto os mais elevados espíritos pagãos como os cristãos – no Ocidente e no Oriente – chegaram à certeza de que a autêntica felicidade só podia encontrar-se na virtude, no bem, na realização do ideal divino sobre o homem.
Os homens e as mulheres falhavam, pecavam, cometiam crimes, eram muitas vezes mesquinhos; mas em nenhum momento se apregoou ou se pensou que o mal residisse no sofrimento ou no sacrifício; o mal estava, sim, na falta de virtude, na falta de valores, na mentira, no desregramento, na escravidão da alma às paixões baixas, em suma, no mal moral, no pecado.
Todos os heróis admirados e propostos como modelo à juventude eram homens e mulheres capazes de grandes sacrifícios, de generosas renúncias, de heróicos sofrimentos por uma causa, por um ideal que se identificava sempre com a verdade e o bem, e nunca com a auto-satisfação hedonista ou o interesse egoísta. Este era o comum denominador dos grandes personagens bíblicos – Moisés, David, Judite, Ester... –, dos heróis pagãos – Aquiles, Penélope, Eneias, Dido... – e dos heróis cristãos, quer se tratasse de mártires, de virgens enamoradas de Deus, de grandes servidores dos pobres; quer de modelos de cavaleiro cristão, como o Rei São Luís da França ou El-Rei Dom Sebastião; ou os heróis lendários como Sir Lancelot, Tirant lo Blanc e o louco e genial Dom Quixote de la Mancha. O espelho da grandeza era a virtude. E a virtude não só tolerava, mas exigia o sofrimento heróico, paciente, e o sacrifício desinteressado, até chegar à entrega – sem um arrepio – da própria vida.

Pe. Francisco Faus in «A Sabedoria da Cruz», 2001.

A invasão cosmopolita em França

Selecção "Francesa" de Futebol

A grande invasão cosmopolita em França começou, porém, após a [primeira] guerra mundial.
A deficiente natalidade, agravada pelo morticínio da guerra e as destruições sistemáticas dos Alemães, produziram em França uma falta extraordinária de braços e a necessidade de chamar imigrantes. A França tornou-se assim um país de imigração, como as nações americanas, pertencendo ao número dos curiosos países que são colonizados pelas colónias. Ali vão dar fundo numerosas colónias de pretos, mulatos, chineses, índios, marroquinos, argelinos, judeus, árabes, etc., o que começa já a preocupar os franceses conscientes. A criminalidade tem aumentado consideravelmente com esta miscelânea cosmopolita, e se a França continua com este regime de porta aberta, daqui a um século não se reconhecerá a si própria; pois terá mudado por completo tanto o seu fácies físico como o psíquico. Poderá ainda conservar o seu nome e a sua língua, mas o seu sangue e a sua alma serão muito diferentes.

J. Andrade Saraiva in «Perigos que Ameaçam a Europa e a Raça Branca», 1932.

Carta do assassino de Santa Maria Goretti

Alessandro Serenelli

Tenho agora quase 80 anos. Estou perto do fim dos meus dias.
Olhando para o meu passado, reconheço que na minha juventude eu segui um mau caminho, um caminho que levou à minha ruína.
Através das revistas, dos espectáculos imorais e dos maus exemplos na imprensa, eu vi a maioria dos jovens da minha idade seguir o caminho do mal sem pensar duas vezes. Despreocupado, eu fiz a mesma coisa.
Havia fiéis e cristãos verdadeiramente praticantes à minha volta, mas eu não lhes dava importância. Eu estava cego por um impulso bruto que me empurrava para uma forma errada de vida.
Com a idade de 20 anos, eu cometi um crime passional, cuja memória ainda hoje me horroriza. Maria Goretti, hoje uma santa, foi o bom anjo que Deus colocou no meu caminho para me salvar. As palavras dela, tanto de repreensão como de perdão, ainda hoje estão impressas no meu coração. Ela rezou por mim, intercedeu pelo seu assassino. Quase 30 anos de prisão se seguiram.
Se eu não fosse menor de idade, pela lei italiana eu teria sido condenado a prisão perpétua. No entanto, eu aceitei a pena como algo que eu merecia.
Resignado, eu expiei pelo meu pecado. A pequena Maria foi verdadeiramente a minha luz, a minha protecção. Com a ajuda dela, eu cumpri bem esses 27 anos na prisão. Quando a sociedade me aceitou de volta entre os seus membros, eu procurei viver de forma honesta. Com caridade angélica, os filhos de São Francisco, os frades capuchinhos menores, receberam-me entre eles, não como servo, mas como irmão. Tenho vivido com eles há 24 anos. Agora eu olho serenamente para o dia em que serei admitido à visão de Deus, para abraçar os meus entes queridos mais uma vez, e para ficar próximo do meu anjo da guarda, Maria Goretti, e a sua querida mãe, Assunta.
Que todos os que vierem a ler esta carta desejem seguir o santo ensinamento de fazer o bem e evitar o mal. Que todos possam acreditar, com a fé dos pequeninos, que a religião e os seus preceitos, não são algo que se possa prescindir. Pelo contrário, é o verdadeiro conforto e a única via segura em todas as circunstâncias da vida, mesmo nas mais dolorosas.
Paz e bem.

Alessandro Serenelli
Macerata, Itália
5 de Maio de 1961

Bancocracia ou a Escravatura do Crédito


Receio que o homem comum não gostará de saber que os bancos podem criar – e de facto criam – dinheiro. O volume de dinheiro existente varia somente com a acção dos bancos, aumentando ou reduzindo os empréstimos. Cada empréstimo ou conta a descoberto criam dinheiro. E os que controlam o crédito de uma nação dirigem a política do seu governo e têm nas mãos o destino do povo.

Reginald McKenna, discurso no Midland Bank, Janeiro de 1924.

Comunismo e pornografia

TV: instrumento de guerra psicológica.

A juventude polaca rejeita o socialismo, tal como manifestou um artigo do jornal diário do Partido Comunista Polaco, reproduzido por Newsweek (13/01/1986).
Tal artigo revela que a maior parte dos jovens encontram na Idade Média (quando reinava a dinastia Piast) a época mais positiva da história nacional. Um dirigente do Partido Comunista alertou então sobre a inexistência de um "compromisso socialista" na juventude, que "se deixaria influenciar pela Igreja".
Perante o fracasso da ostentosa propaganda marxista, houve então um novo recurso: passar filmes pornográficos pela televisão, a fim de afastar os jovens da Fé Católica.
É interessante constatar através deste testemunho insuspeitável do próprio Partido Comunista Polaco o nexo íntimo entre a imoralidade e o marxismo. A corrupção dos costumes, para as autoridades polacas, predispõe a mente para a aceitação passiva das teses comunistas. No Ocidente, a guerra psicológica revolucionária (de inspiração comunista), vem empregando esta táctica com grande êxito nas últimas décadas, destruindo assim os ideais de combate e heroísmo.