O pior inimigo é o interno


Uma nação pode sobreviver aos seus loucos, mesmo aos ambiciosos. Mas não consegue sobreviver à traição vinda de dentro. Um inimigo às portas é menos formidável, pois ele é conhecido e transporta a sua bandeira à vista. Mas o traidor movimenta-se livremente entre aqueles que estão dentro de portas, o seu murmúrio malicioso percorre todas as ruelas e é ouvido nos corredores do governo, ele próprio. Pois o traidor não aparenta ser traidor; ele fala de um modo familiar às suas vítimas, e desgasta a sua face e os seus argumentos; ele apela à vileza que mora fundo no coração de todos os homens. Ele apodrece a alma de uma nação; ele trabalha secretamente e oculto na noite, a fim de minar os pilares da cidade, ele infecta o corpo político a fim de que este não mais possa resistir. Um assassino é menos de temer.



1 comentário:

Anónimo disse...

Interessante. Lembrou-me vários casos: Pio XII no leito de morte; D. João VI que foi assassinado um dos seus médicos (afinal maçon)~; o caso do Viriato etc