Os Pastorinhos de Fátima e as canonizações


Por muito que nos custe, a verdade é que as canonizações dos Pastorinhos de Fátima não são autênticas canonizações. Isto porque os critérios actualmente usados para canonizar já não são católicos. O que não significa que não se possa reconhecer a santidade de vida dos Pastorinhos. Mas o mesmo já não se pode dizer de outros neo-canonizados como o Papa João Paulo II ou a Madre Teresa de Calcutá. O problema está pois no critério que hoje estabelece a canonização. Porque aquele que actualmente Roma nos apresenta, não nos dá garantias de estarmos perante uma pessoa que é verdadeiro modelo de santidade.
Canonizar não é fazer santo. Canonizar é reconhecer a santidade já existente em vida, e fazer dela um exemplo ou modelo (cânone) para toda a Igreja.
Em traços gerais, para uma canonização existir, o canonizado tem de cumprir as seguintes condições:

- Ter uma doutrina recta.
- Ter praticado as virtudes de modo heróico.
- Ter feito, pelo menos, três milagres depois da morte.

E tudo isto deve ser averiguado e provado autenticamente, por testemunhas, escritos, documentos, etc.
Ora, analisando as condições necessárias, é fácil concluir que alguns neo-canonizados como João Paulo II ou a Madre Teresa, não são sequer canonizáveis, visto que não cumprem as condições mínimas exigidas para a canonização. E já nem falo do número e da qualidade dos milagres, um requisito que claramente não tem sido cumprido pelas autoridades em Roma... Basta só lembrar que João Paulo II ou a Madre Teresa não tinham doutrina recta (heresias, blasfémias, etc.) nem praticaram as virtudes (teologais, cardeias e evangélicas) de modo heróico. Notem bem: Nem sequer a primeira de todas as virtudes, que é a Fé, eles praticaram de modo heróico. Ensina o Catecismo que a Fé é a virtude sobrenatural pela qual cremos em Deus e em tudo aquilo que Ele revelou à Santa Igreja, e que Ela nos propõe para crer. A Fé é de absoluta necessidade para a salvação. E é sabido que o Papa João Paulo II ou a Madre Teresa tiveram actos públicos contra a Fé (desde homenagear falsos deuses e falsas religiões, rezar com pagãos e em templos pagãos, receber honras de falsas religiões, beijar livros de falsas religiões, etc.). Tudo actos públicos que nunca foram rejeitados nem corrigidos pelos próprios. Até ao fim das suas vidas terrenas, nunca deram nenhum sinal público de arrependimento por actos que vão directamente contra o 1º Mandamento. Em caso de arrependimento, estavam obrigados a publicamente desfazer o que tinham feito. Mas nunca o fizeram... Como se pode então dizer que são modelo de santidade?
Mas mais uma vez digo: Creio que Francisco e Jacinta levaram uma vida santa. Todavia, por coerência, não podemos aceitar a sua "canonização". Porque ao abandonar-se o critério tradicional, não há verdadeira canonização. Há apenas uma aparência formal de canonização. E é precisamente essa aparência que vai ser celebrada no próximo dia 13 de Maio.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós!

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